Cinco passos para levar inovação da teoria à prática
onhecimento é a matéria-prima da inovação. Quando identifica-se uma oportunidade ou um desafio, tudo o que aprendemos, mais a nossa experiência cultural, ajudam a criar uma solução. Usamos desde o que aprendemos na escola até os costumes da comunidade em que vivemos para moldar nossas ações, mas raramente essa base é gerenciada de maneira adequada pelas companhias nas quais atuamos.
Grande parte das empresas armazena suas informações mais estratégicas e críticas nas mãos (ou na mente) de seus executivos, sem documentá-las oficialmente. Assim não é de espantar que muitas companhias estejam extremamente preocupadas com os processos de sucessão de seus altos executivos, principais detentores de informações corporativas.
Com a intenção de resolver tal problema, as organizações têm investido na capacitação de seus funcionários. A iniciativa é louvável, certamente, mas ignora o principal ponto fraco das empresas: os modelos de documentação, armazenamento e acesso aos dados importantes. De nada adianta trazer conhecimento externo para a companhia se essas informações também ficarão concentradas apenas na mente de poucos.
O modelo de tratamento do conhecimento dentro das companhias precisa mudar, para que os colaboradores tenham acesso às informações realmente importantes para suas rotinas. Só assim poderão unir esses dados às suas bagagens culturais e, então, desenvolver ações realmente inovadoras.
Remover as barreiras ao conhecimento, de fato, é fator-chave para o sucesso das políticas de inovação. Todos colaboradores devem acessar as mesmas informações e interpretá-las e debatê-las. Só assim será possível criar algo novo.
Vale ressaltar que o simples bombardeio das pessoas com dados não representa um avanço. É preciso garantir a qualidade do conhecimento disponibilizado e sua adequação à realidade da companhia.
Como sair da teoria e alcançar a prática
Na realidade, são poucas as atividades práticas para implementar ações e projetos inovadores nas companhias. Consideradas complicadas ou, no mínimo, trabalhosas, as iniciativas que têm como objetivo esse estímulo ao pensamento inovador assustam gestores e, por isso, acabam deixadas de lado.
Na maioria dos casos, embora concordem e conheçam os benefícios proporcionados pelo estímulo a ações inovadoras, os líderes não sabem ao certo “por onde começar” a desenvolver projetos inovadores de modo a conquistar a adesão de suas equipes.
Para nortear esse caminho rumo à inovação, seguem algumas dicas apontadas por executivos que lideraram projetos de sucesso:
1. Comece devagar: identifique o objetivo final do projeto e elabore as etapas que deverão ser percorridas para alcançá-lo. Então, fixe a próxima fase como meta para a equipe que trabalhará na iniciativa. Essa atitude fará com que o time fique mais motivado, na medida em que enxergar o propósito de suas ações de forma mais imediata;
2. Incorpore o exercício de inovar à rotina: passe a olhar todos os aspectos de sua vida de forma mais questionadora, pensando em maneiras de melhorar as questões do próprio dia-a-dia. Assim o conceito de inovação começará a ser desmistificado;
3. Use o que tem: não desperdice dados que a empresa detém sobre clientes, produtos, processos e projetos. Todas as informações são fontes de ideias;
4. Foque no valor agregado: toda ação tem como objetivo levar valor ao consumidor e à companhia. Por isso, essa premissa não pode ser esquecida em nenhuma etapa do desenvolvimento dos projetos de inovação e deve ser checada a cada dia de trabalho, para que a equipe não perca o direcionamento correto;
5. Convença o board: com o apoio do alto comando corporativo as ações de inovação serão mais aceitas nas esferas mais baixas da pirâmide organizacional. Mostre, principalmente ao CFO e CEO, as vantagens que a incorporação dessa nova cultura poderá trazer aos resultados do negócio e, certamente, receberá todo o aval necessário para implementá-la.
Fonte: Computerworld